

O Conselho Consultivo de Mestras e Mestres é formado por 35 personalidades intimamente ligadas ao mundo do samba em Belo Horizonte. A sua atuação foi de fundamental importância para uma abordagem mais adequada às peculiaridades da expressão cultural inventariada, tais como os sentidos, experiências e ritos do seu universo simbólico, além dos jeitos de ser, agir, pensar, comer, dançar, cantar e viver em seus respectivos lugares de referência. Sua presença é a expressão viva de memórias, recordações e lembranças carregadas de sabedoria e conhecimento. O Conselho foi constituído com o objetivo de compartilhar esse conjunto de saberes populares ancestrais, específicos e exclusivos das comunidades do samba na cidade.

Sô Marcelo

Marcelo Nereu Caetano, o Sô Marcelo, é violonista, cantor e compositor. Nasceu em 14 de maio de 1945, no bairro Aparecida, região noroeste de Belo Horizonte, onde reside até hoje. Aprendeu violão na adolescência, de forma autodidata e logo começou a participar de grupos de seresta, atuando em serenatas, bailes e festas na região do bairro Eldorado, em Contagem, onde também morou por alguns anos. Em 2003, montou o Ensaios Bar no Aparecida, onde iniciou um movimento musical que se tornou, com um tempo, uma tradicional roda de samba da região. Montou, junto com os filhos, o Grupo Ensaios.
Dona Jandira

Jandira Célia, conhecida como Dona Jandira, nasceu em Maceió, em 24 de dezembro de 1938. Pedagoga de formação, ela se envolveu no universo da música somente aos 66 anos, já em Belo Horizonte, quando fundou um coral infantil, Os Bem-te-vis. Ela estreou nos palcos em 2004, na capital mineira. Seu trabalho traz um resgate de sambas de autores como Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Cartola, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, dentre outros. Entre muitos shows e projetos se destacam os dois CDs: “Dona Jandira”, de 2008, e “Afinidades”, de 2017.
Domingos do Cavaco

Domingos Felipe dos Santos, com 65 anos, dos quais 43 dedicados ao samba, mora no Morro das Pedras, Região Oeste de Belo Horizonte. Aprendeu a tocar pandeiro e cavaco ainda criança. O cotidiano e a própria realidade são as suas fontes de inspiração, como a música “Grajaú”, que narra o dia a dia da comunidade e de alguns de seus personagens. O samba sempre teve lugar de destaque na obra musical do artista, que também foi membro da Escola de Samba Cidade Jardim. Seu Domingos faz shows e apresentações com os filhos e sobrinhos, que seguem os passos do sambista na cidade.
Ronaldo Coisa Nossa

Ronaldo Antônio da Silva, o Ronaldo Coisa Nossa, belo-horizontino, nascido em 14 de abril de 1944, é sambista, cantor, ator e poeta. Mora no bairro Maria Goretti, região norte da cidade. Na década de 1980 criou o Bloco Carnavalesco É Coisa Nossa. Nos anos seguintes, inaugurou o Del Rangos Bar, no bairro Caiçara, que veio a se tornar no início dos anos 2000, o Bar Opção, um dos mais tradicionais espaços dedicados ao samba da capital mineira. Ronaldo é também um dos fundadores do Grupo Essência BH. Sua obra artística conta com centenas de composições autorais, verdadeiras pérolas musicais.
Arabela Gonçalves

Arabela Arimathea das Chagas Gonçalves, tem 75 anos, nasceu no bairro Santa Efigênia em Belo Horizonte. É habilidosa designer de fantasias de carnaval e modista de roupas. Suas atividades no carnaval se iniciaram em 1986. Nos concursos de fantasias promovidos pelo Clube Libanês e pela Prefeitura de Belo Horizonte, teve diversas de suas criações premiadas, inclusive quatro títulos de campeã da categoria luxo feminino. Fundou, em 2004, o GRES Acadêmicos de Venda Nova. O Jornal Estado de Minas conferiu à Arabela Gonçalves o título de Personalidade do Carnaval 2009.
Fabinho do Terreiro

Fábio Lúcio Maciel, o Fabinho do Terreiro, nasceu em 29 de setembro de 1964, no bairro Boa Vista. Fabinho é cantor, compositor e intérprete de samba e instrumentista, iniciou a vida artística no início da década de 1980, no terreiro Casa da Tia Dalva, no bairro Instituto Agronômico, também na zona leste. Como compositor, já teve seus sambas gravados por vários artistas, como Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija Flor, Agepê, Garcia do Salgueiro, Nelson Rufino, Cinara Ribeiro, e muitos outros. Criou e atuou por vários anos no Grupo Terreiro Samba Show, um dos conjuntos mais famosos da cidade.
Fauze Elias Nacle

Desde os tempos em que havia centena de blocos caricatos que passeavam pelas ruas de Belo Horizonte, Fauzi Elias já atua no carnaval da cidade. Morador do bairro Floresta, ele é o mais antigo representante ainda em atividade dessa manifestação tipicamente belo-horizontina. Fauzi fundou o bloco caricato Corsários do Samba em 1961, no seu bairro natal. O bloco nunca deixou de desfilar no Carnaval de Belo Horizonte, mesmo quando a festa foi paralisada durante anos na década de 1990. Com 79 anos de idade, ele segue ainda hoje colocando o bloco na rua durante o desfile oficial da Avenida Afonso Pena.
Mestre Conga

José Luiz Lourenço, o Mestre Conga, nasceu em Ponte Nova, em 02 de feveiro de 1927. Começou a vida artística aos 14 anos. Cantor, intérprete e compositor, é o responsável pela inserção de sambas enredo nos desfiles de carnaval de Belo Horizonte. Em 1948, foi eleito cidadão samba. Em 1950, fundou a Escola de Samba Inconfidência Mineira. Mais tarde foi um dos criadores da Faculdade do Samba e da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte. Somente aos 79 anos gravou seu o único disco, “Decantando em sambas”. Ganhou, em 2014, o Primeiro Prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte.
Sônia Pereira

Sônia Maria Pereira, nascida no ano de 1956, em Belo Horizonte, mora no bairro Anchieta, desde sempre é admiradora do nosso carnaval. Em 1979 foi convidada pelos diretores do bloco Aflitos do Anchieta para fazer o desenho das fantasias. Em 2000, após o falecimento do presidente Pedro Paulo Grossi dos Santos, foi convidada a assumir o cargo de mandatária do bloco Aflitos do Anchieta. Assim, foi a primeira mulher na presidência de um bloco caricato na cidade. Seu mandato durou de 2001 a 2017. Em 2018, assumiu o cargo de tesoureira do Grêmio Recreativo Bloco Caricato Real Grandeza.
Zé do Monte

Morador do Pompéia desde os oito anos, quando o bairro era dividido entre Novo Horizonte e Parque Jardim, a vida de Zé do Monte é o samba e também o futebol. Além de tipógrafo de mão cheia é considerado um dos últimos grandes malandros do subúrbio de Belo Horizonte, na concepção mais romântica do termo. Seu jeito de levar a vida chamou a atenção do cineasta Pedro Portella, diretor do documentário Memórias e Improvisos de um Tipógrafo Partideiro, vencedor do DOCTV 2006/2007, sobre a trajetória de Zé do Monte.
Bira Favela

Ubirajara dos Santos Custódio, o Bira Favela, nasceu em Belo Horizonte em 03 de setembro de 1950, na Vila Estrela. Herdou da mãe o interesse pela música e, com sete anos, iniciava sua carreira musical como um dos Crooners mais badalados da Rádio Inconfidência. Ele tem uma vida inteira dedicada ao samba. É filiado à Ordem dos Músicos do Brasil e ao Sindicato dos Músicos Profissionais. Seu primeiro grupo foi o Samba Sete da Boate Sambão. Formou o Grupo Favela Samba Show, contratado para viajar por todo o estado, abrindo shows de cantores de renome nacional.
Lulu do Império

Mário Lúcio dos Santos, o Lulu do Império, nasceu na Vila Concórdia em 31 de janeiro de 1950. Começou no samba aos 12 anos, na escola de samba Inconfidência Mineira, onde saiu na bateria como cidadão do samba, mestre-sala e puxador de samba. Posteriormente atuou nas escolas Canto da Alvorada e Cidade Jardim, Acadêmicos de Venda Nova, entre outras. Em todas elas, recebeu prêmios e condecorações. Participou também dos conjuntos musicais: Tempero da Vila, Os Pretões, Feitiço da Vila e Primeira Bateria. Hoje, atua no grupo da Velha Guarda dos Baluartes do Samba.
Dona Eliza

Ana Eliza de Souza, mais conhecida como Dona Elisa, nasceu em 26 de julho de 1948, em Águas Formosas. Com 16 anos, a artista teve seu primeiro contato com o samba. Durante 15 anos, Dona Elisa participou Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, onde compartilhou palcos com grandes nomes que contribuíram para a preservação e promoção do samba tradicional. Sua dedicação e talento a levaram a assumir um papel de liderança e inspiração, culminando na criação do “Samba de Madrinha”. Dona Elisa com sua voz, sua arte e seu coração, é verdadeiramente uma das rainhas do samba de Belo Horizonte.
Raimundo do Pandeiro

Raimundo Nonato da Silva é natural de Belo Horizonte, nascido no bairro Caiçara, onde reside até hoje. Raimundo do Pandeiro, como é mais conhecido, faz parte da Escola de Samba Unidos dos Guaranis, desde os oito anos de idade. Fundador do Grupo Favela, o sambista já tocou por toda Minas Gerais e fora do Estado em outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia. Foi um dos diretores do projeto Ritmistas do Amanhã, na FUMEC. Tocou nas melhores casas de samba da capital mineira. Nos anos de 1990, foi apresentar nosso samba em países como Estados Unidos, França, Suíça, Itália e Canadá.
Paizinho do Cavaco

Antônio Justino da Silva, nascido em Belo Horizonte em 1947, no bairro Padre Eustáquio, encontrou o caminho da música nos anos 1960. Já na década de 1970 iniciou sua atuação profissional, quando herdou de seu pai, o nome artístico de “Paizinho do Cavaco”. Tudo começou na Escola de Samba Cidade Jardim e no grupo Os Batuqueiros. Como cantor e instrumentista, atuou em diversas casas de show como Clube Elite, Primeira Bateria, dentre outras. Atuou também nas bandas e conjuntos musicais: Favela, Samba Show, Partido Alto, Os Pretões e Os Baluartes do Samba.
Serginho Beagá

Sérgio Ramos, o Serginho Beagá, nasceu no Bairro São Paulo. O sambista sentiu o gosto pela música com seu avô, maestro da Banda de Santa Cecília, em Ouro Preto. Aos seis anos, ganhou de presente da mãe seu primeiro cavaquinho. Serginho é compositor, instrumentista e cantor. No início dos anos 1980, estreou no bloco Partido-Alto, do Bairro Ipiranga, ganhando um concurso de samba-enredo. Depois, passou pelas escolas de samba: Cidade Jardim, Canto da Alvorada, Inconfidência Mineira e Império da Nova Era. Também fez parte do grupo Kisamba Show entre outros conjuntos musicais.
Raquel Seneias

Raquel Seneias dos Santos Andrade é moradora do Morro das Pedras. Desde que iniciou a carreira, ela tem sido uma voz influente no cenário do samba. Sua contribuição para os blocos de rua do Carnaval é uma das mais ativas. Entre eles já cantou no Arrasta Aqui, Dragões da Vila São Jorge e Na Cadência do Samba. Raquel Seneias tem sido uma figura central em várias iniciativas culturais que buscam preservar e promover o samba, destacando-se o Projeto Samba na Roda da Saia, o Kizomba Cultural e o Matriarca do Samba do Projeto Aquilombar. Ela é, ainda, integrante do Coletivo Docilaré.
Luiz Carlos do Pandeiro

Luiz Carlos do Pandeiro é natural de Nova Iguaçu. Desde criança via o pai tocando pandeiro em blocos de carnaval carioca. Aos 11 anos, passou a tocar bongô com seu pai em rodas de samba em Belo Horizonte. Ele se apresenta na cidade desde os anos 1980, atuando em vários grupos como Feitiço da Vila, Samba Imperial, Grupo Favela, Fidelidade Partidária e Velha Guarda do samba de BH. Como instrumentista acompanhou João Nogueira, Nelson Gonçalves, Zé Keti, Noca da Portela, Monarco, Luiz Carlos da Vila, Bezerra da Silva, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto, Moacyr Luz, entre outros.
Dona Cazuza

Maria De Lourdes Alves De Oliveira, a Dona Cazuza é nascida em 1924 e criada em uma casa de adobe na Rua Mato Grosso, no coração da cidade. Sua juventude foi vivida entre os anos 1940 e 1950, período de efervescência do samba na capital mineira. Dentre as conquistas: medalhas, troféus e distinções, destaca-se o histórico Tamborim de Ouro de 2010, uma reverência aos sambistas e compositores locais, que Maria de Lourdes. Ela tem o reconhecimento público pelos inestimáveis serviços prestados ao samba de Belo Horizonte. Dona Cazuza é uma guardiã da rica história carnavalesca da cidade.
Tarcizo

Um dos instrumentistas mais respeitados de Minas Gerais, Tarcísio Cesário de Oliveira começou sua relação com a música no início da década de 1960. Natural de Nova Lima, o sambista participou de vários grupos de samba da capital mineira, como Trio Harmonia, Dico e Seus Cantores, Sereno da Madrugada, Quarteto Talismã e grupo Os Difusores do Samba. Participou também do grupo Partideiros do Ganzê, e mais recentemente do grupo Super Astral. Ele é um dos personagens do documentário “Roda”, curta metragem sobre o samba na cidade. Tarcísio também é integrante da Velha Guarda de Belo Horizonte.
Gilson Mello Martins

Gilson Mello Martins, o Gilson Fubá, nasceu em 1958. na cidade de São Domingos do Prata. Foi um dos fundadores da Faculdade do Samba. Presidiu a Escola de Samba Unidos do Barro Preto. Em 1997, ano do centenário da construção de Belo Horizonte, publicou o “Caderno de Músicas” com composições de Lourdes Maria. Gilson Fubá participou da criação do Bloco Tambolelê, Bloco do Pirulito e do Bloco Omin Odara, no Barreiro de Cima, sendo compositor de várias músicas do bloco. Hoje, comanda o espaço cultural Fubá Café, que integra a Rede Vila Cemig, Conjunto Esperança e Alto das Antenas.
Lucinha Bosco

Maria Lucia Saturnino Bosco, a Lucinha Bosco, é nascida em Belo Horizonte, cantora de 78 anos. Ela começou sua carreira aos 23 anos e, desde então, dedicou 65 anos de sua vida ao samba. Lucinha Bosco começou sua trajetória artística ao ser descoberta por um jurado, quando participou de um programa na Rádio Inconfidência, que a convidou para ser corista dos festivais do programa “Delmário é o Espetáculo”. A cantora já se apresentou no Rio de Janeiro, Estados Unidos e Japão. Em 2022 lançou seu primeiro álbum intitulado “Lucinha Bosco nos braços do samba mineiro”.
Marraia

Carlos Tibúrcio Crispim, de nome artístico Marraia, nasceu em 25 de julho de 1953, na favela do Pendura Saia, zona sul de Belo Horizonte. O violonista e cantor já tocou com vários artistas e grupos de samba de Belo Horizonte, como Grupo Favela, Grupo Raízes, Sambeagá, Becudos do Mota, Fina Flor do Samba e Os Populares. Integra, há mais de 20 anos, o Grupo Essência BH, com o qual atua na cidade, principalmente na casa de samba Opção. Ele já se apresentou, também, na Itália. Participou como cavaquinista e violonista da gravação dos CDs Sob o Signo do Samba e Gotas, de Ronaldo Coisa Nossa.
Tia Dica

Adélia Cândida Pereira Rubini, tem 72 anos, nascida em Governador Valadares, norte de Minas Gerais. Ela chegou em Belo Horizonte, ainda durante a sua infância. É modista e confeccionista das grandes fantasias de luxo do carnaval de Belo Horizonte, desde os anos 1980. Foi a última grande campeã do concurso de fantasias, categoria luxo feminino, em 1997, em concurso promovido pela PBH. Juntamente com sua família, em 2004, fundou o GRES Acadêmicos de Venda Nova. A partir de então foi campeã do carnaval sete vezes. Uma de suas marcas registradas é luxo das fantasias e criatividade dos carros alegóricos.
Hélio Pereira

Ele é um dos fundadores do Clube do Choro e um dos maiores multi-instrumentista de choro e de samba de Belo Horizonte. Hélio formou uma geração de instrumentistas que tiveram nele inspiração e referência para aderirem ao universo musical. Hélio Pereira fez parte de inúmeras gravações de LPs e CDs consagrados, especialmente com o grupo de Waldir Silva. No gênero samba, participou dos conjuntos Os Marajós e transitou pelo jazz na Autentic Jazz Band e Nova Diex Band. Também foi o segundo trombone da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), onde se apresentou várias vezes.
Dóris

Elzelina Dóris dos Santos, a Dóris, é nascida em Belo Horizonte. Moradora do bairro Santa Branca, criou o “Programa Cantando a História do Samba”. Ela é integrante do projeto “Samba na Roda da Saia” e do Coletivo Docilaré. Também participou de shows de Serginho Beagá, Luiz Melodia e Maria Alcina. Dóris recebeu o “Prêmio Educar para a Igualdade Racial” e o “Prêmio Zumbi da Cia Baobá Minas”, por sua contribuição para a cultura do samba e para a promoção da igualdade racial. Recentemente, participou dos projetos “Show BH é Bamba” e o “Show Samba da Liberdade”.
Gilberto Santos

Nascido em Belo Horizonte, em 28 de outubro de 1947, Gilberto Santos, é personagem marcante nos desfiles das escolas de samba da cidade como passista, dono da rara elegância dos grandes sambistas do passado. Ele participou de várias escolas de samba como mestre-sala: Princesa Isabel, Unidos da Brasilina, Nacional, Monte Castelo, Cidade Jardim, Inconfidência Mineira, Unidos de Vera Cruz, Bem-te-vi, Unidos Guaranis, Canto da Alvorada e Imperavi de Ouros. Além da arte no pé, o sambista também foi militante ativo do Movimento Negro Unificado de Belo Horizonte nas décadas de 1970 e 1980.
Luiz Carlos Novais

Em 1979, Luiz Carlos Novais começou a atuar na Escola de Samba Bem-Te-Vi, no bairro Carlos Prates. Nessa agremiação, foi um diretor sempre ativo, lutando em nome do seu pavilhão em seus grandes carnavais. Em 2001, assumiu a presidência da Bem-Te-Vi. Nesse mesmo ano, foi eleito presidente Liga das Escolas de Samba de BH (Associação Cultural Samba 10). Em 2013, fundou a Escola de Samba Imperavi de Ouros. Em 2023 foi homenageado pela Imperavi de Ouros tornando-se o enredo vivo da escola no desfile intitulado: “Luiz Carlos Novais, a majestosa história de um contador de histórias!”.
Rui Bravo

Rui Bravo nascido em Belo Horizonte iniciou sua carreira em 1956. Ele possui 68 anos de trajetória artística. O início foi no bairro Santo André ao integrar a Escola de Samba Unidos do Guaranis na Pedreira Prado Lopes. Nessa agremiação foi mestre-sala durante vinte e cinco anos. Durante esse tempo, dedicou-se também à inúmeros trabalhos realizados junto à comunidade como o projeto Nação Cercape. Ele desfila no Carnaval da capital e também em Sabará com a Escola de Samba Nacional. Além disso, foi integrante da Escola de Samba Alterosa e da Escola de Samba Unidos Guaranis.
Cacá

Carlos Alberto Santos, o Cacá, proprietário do Bar do Cacá, tem sua vida e obra dedicadas à arte. Ele entende que o samba é mais do que uma expressão musical. É um veículo para a transmissão e um meio de conectar as pessoas às suas raízes e à sua história. Cacá é um educador, um ativista social que tem como objetivo a celebração, defesa e preservação do samba e dos saberes ancestrais do povo negro em Belo Horizonte. Seu legado é um testemunho do poder transformador da música e da cultura. Seu trabalho inspira, fortalece e reúne a comunidade do samba em torno da rica herança cultural afro-brasileira.
Sandro Veneno

Sandra Maria Ignez, conhecida como Sandra Veneno, passista de samba, nasceu em 04 de abril de 1957. Iniciou sua carreira artística aos 22 anos, fazendo suas performances em apresentações de grupos de samba em casas de show de Belo Horizonte. Além dos palcos e das passarelas, ela atua no mundo do samba como ativista social através do Coletivo Somos Sambistas BH e da Velha Guarda do Samba. Suas conquistas são numerosas, como por exemplo, Rainha de Bateria, Rainha do Carnaval, Rainha do Samba de Belo Horizonte. Ela é uma das grandes referências para dançarinas e dançarinos.
Geraldo Magnata

Geraldo José Monteiro Sobrinho, o Geraldo Magnata é compositor e intérprete. Compôs seu primeiro samba enredo aos 16 anos para a Escola de samba Monte Castelo, no bairro Jardim Montanhês. Em 1968, foi um dos fundadores do grupo Os Magnatas do Samba. O conjunto alcançou fama nacional. Eles se apresentaram com grandes nomes do samba, como Beth Carvalho, Alcione, Martinho da Vila, Neguinho da Beija-Flor, Mestre Marçal, João Nogueira e Leci Brandão. O grande sucesso levou o grupo a criar o Magnatas Bar, que marcou gerações como um ponto de encontro fundamental do samba na cidade.
Dona Terezinha

Terezinha de Jesus Oliveira Silvério, nascida em 1939, em Belo Horizonte e moradora da Pedreira Prado Lopes há mais de 40 anos, iniciou sua trajetória no carnaval aos 15 anos na Escola de Samba Surpresa. Depois se transferiu para a Escola Unidos da Brasilina, no bairro Santa Efigênia. Em 1960, foi coroada como Rainha do Samba de Belo Horizonte. Nos anos 1970, ela colocou na avenida a Escola de Samba Unidos da Colina. Integrou também o bloco Índios Guaranis, que posteriormente foi transformado na Escola de samba Unidos dos Guaranis, agremiação em que passou a maior parte dos seus 84 anos.
Gilberto dos Santos

Gilberto dos Santos fundou o grupo Kisamba Show nos anos 1990, um dos grupos mais atuantes em Minas Gerais na época, o conjunto musical realizou apresentações em bailes em clubes, salões e casas de espetáculo da capital mineira e em muitas cidades do interior. Em cada palco onde se apresentava o Kisamba Show reunia grandes plateias. O grupo atuou no cenário musical por vinte e cinco anos. Mais tarde, Gilberto dos Santos fundou o grupo Samba BH, que acompanhou artistas nacionais em Belo Horizonte como: Neguinho da Beija Flor, Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra, entre outros.
Triskey

João Carvalho Dos Santos, o Tristey, começou sua trajetória com violão de 6 cordas por volta de 1964. Nessa época, apresentou em casas de shows na noite belo-horizontina: Camponesa, Primeira Bateria, Mistura Fina, entre outras. Na década de 1970, passou a tocar o violão de 7 cordas. Em 1979, formou-se em música pela Ordem dos Músicos do Brasil. A partir dos anos 1980, fez parte do conjunto Favela e do grupo Seresta Diamantina em Serenata. Participou também do projeto Minas Ao Luar, contribuindo com a valorização da música popular Brasileira por longos anos.